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Se a sofrologia fosse definida como "ciência dos estados de consciência e dos métodos que permitem a modificação desses estados", poderíamos dizer que esta obra é inteiramente consagrada a ela. Mas será que a sofrologia é somente isso?
Em 1960, desejando afastar se
um pouco da hipnose (que pratica perfeitamente mas que lhe parece uma agressão
à liberdade do homem), Alfonso Caycedo, fundador do método, propôs esta palavra
carregada de um sentido novo: Sofrologia; do grego, "sós" (harmonia), "phren" (espírito),
"logos" (estudo):estudo da consciência em harmonia (1). A
consciência, para Caycedo, é a integração de todas as funções do homem.
Inicialmente, a sofrologia adotou exercícios da hipnose e das técnicas
ocidentais de relaxamento ( em particular do Treinamento Autógeno de Schultz e
do método de Jacobson), mas logo se tornou original.
0 primeiro ramo nascido da sofrologia, a sofrologia médica, propõe processos de
terapêutica e de prevenção de doenças. A doença é encarada como um acidente no
programa biológico subjacente às estruturas do homem. Portanto, o doente ou o
aluno conseguirá, graças a um método de treinamento da personalidade, despertar
suas estruturas e suas forças positivas: ele próprio encontrará as soluções de
seus problemas.
Alguns anos mais tarde, Caycedo elabora uma técnica de
sofronização para pequenos grupos, utilizando certos recursos dinâmicos das
técnicas orientais: o relaxamento dinâmico.
Por fim, em 1974, em
Paris, com o treinamento sofrológico coletivo, Caycedo realiza seu sonho de ação social. 0 novo método destina se
ao indivíduo são, dentro da massa humana. Esse terceiro caminho sem
distinção de país, raça, política ou religião estuda as forças que constituem a harmonia social (pois também os
grupos humanos podem estar "doentes").
1. 0 QUE NÃO É
A SOFROLOGIA
Ela não 6:
a hipnose com um outro nome. Atualmente a
hipnose é um capítulo da sofrologia. A sofrologia tem suas próprias técnicas,
sua própria semântica, seus próprios conceitos e objetivos;
um método oriental de liberação: esses métodos
freqüentemente exigem um engajamento filosófico e/ou religioso;
parapsicologia, ciência dos fenômenos
paranormais; mais antiga que a sofrologia, tem objetivos diferentes dos dela
(3).
2. 0 QUE É
SOFROLOGIA
A sofrologia estuda a consciência humana a partir de
novas concepções. Ela estabelece uma diferença entre os conceitos de níveis e de estados de consciência: os níveis
são modificações quantitativas no sentido de hiperclaridade ou
obscuridade; os estados são modificações
qualitativas (cf. esquema). Nesta perspectiva o ser humano situa se, seja
em um estado de consciência comum, que se pretende "normal", seja
provisória ou definitivamente em um
estado de consciência patológica (da neurose à psicose, sem esquecer todas as
possibilidades psiquiátricas conhecidas); ou ainda ele reforça os elementos
positivos de sua personalidade e evolui progressivamente para a consciência
sofrônica ( 4 ).
A
sofronização é o exercício básico do método. Mas, como
modificar os estados de consciência? Aqui o Oriente nos empresta sua sabedoria
(Schultz já a havia utilizado): viver o corpo, pelo despertar das sensações,
pelo controle do tônus muscular, eqüivale a equilibrar a função reticular e a
encontrar o caminho da harmonia, e, depois, da verdade interior.
Inicialmente, o sofrólogo
estabelece uma "aliança" com seu aluno: explicação do método, tempo
previsto, preço (5). A sofronização começa por um relaxamento simples, que visa
a modificar o tônus muscular e os níveis de consciência, abandonando o
indivíduo sua vigilância normal para descer "às margens do sono" no nível sofroliminar. A fala suave e
persuasiva do monitor, o terpnos logos (6) ajuda o, a descobrir o estado
"de harmonia vital" do mundo sofrônico. Em seguida focaliza se
a atenção em uma "imagem livre e agradável”, antes de terminar por uma
"saída" muito lenta.
Em menos de dez sessões, o aluno poderá sofronizar se
a si mesmo. Ele pratica cada técnica em casa durante uma semana, duas vezes por
dia, 10 minutos pela manhã e à noite. A aprendizagem é rápida, devido:
1. a uma programação rigorosa, embora personalizada, dos métodos;
2. à sua gravação em fita.
3. METODOS
A partir da segunda semana, o sofrólogo ensina ao aluno um ou vários procedimentos adaptados às diversas situações que se apresentam:
1. a situação positiva obtida pode ser reforçada pela
tomada de consciência do peso (proveniente do relaxamento muscular), das
sensações circulatórias (calor, batimentos cardíacos), da respiração
"livre e suave", do calor no abdômen, do frescor da testa. São
exercícios tomados de Schultz, muito utilizados e de uma eficácia surpreendente
para toda urna variedade de problemas de mal estar, de distúrbios
psicossomáticos e neuróticos (7);
2. se necessário, propõe se em seguida o
treinamento em um outro método, como:
a sofro aceitação
progressiva (imagem do futuro). Ela permite descondicionar se dos
elementos negativos da existência: medo do parto (Aguirre de Carcer),
preparação dos esportistas para a competição, dos estudantes para seus exames,
etc.;
a proteção
sofroliminar (respiração consciente sincronizada com concentração em uma
palavra que evoque tranqüilidade); associada a uma posição correta, permite
adormecer rapidamente;
a sofro substituição
sensorial (trocar uma sensação por outra), muito conhecida em odontologia
para eliminar a dor, assim como em obstetrícia, nas fobias etc.;
3. outras aprendizagens podem ser propostas:
sofronizações associadas a tensões musculares, a respirações, a massagens ...
alguns métodos utilizados por psiquiatras e psicólogos possibilitam a
recordação de fatos longínquos, primeiro livremente, e depois de forma
sistemática e positiva. A sofrologia redescobre depois do Oriente
o papel da imagem por si mesma. 0 imaginário será liberado em devaneios
associativos. A vida passada, os sonhos, as situações futuras integradas na
vida atual da consciência, mobilizam uma riqueza insuspeitada. A pessoa
treinada torna se mais livre e criativa. No final ela estará praticando
um método pessoal, gravado ou não.
Muito freqüentemente, depois da sofronização simples e da sofronização
ativada pelo Treinamento Autógeno, propõe se que o aluno pratique o relaxamento dinâmico em pequenos grupos.
4. 0 QUE É RELAXAMENTO DINÃMICO DE CAYCEDO
(R.D.C.)?
É uma técnica psicofísica que Caycedo começou a
aperfeiçoar depois de uma longa viagem à índia, concluindo a dois anos
mais tarde, após uma viagem ao Japão. Ela se divide em três estágios. 0
primeiro realiza uma abordagem sofrônica de técnicas pouco conhecidas da Raja ioga;
o segundo estágio é uma abordagem sofrônica de algumas técnicas respiratórias
budistas; o terceiro, uma abordagem sofrônica do Zen japonês.
a. Primeiro
estágio: Relaxamento dinâmico concentrativo (R.D. I)
Realiza se, com a ajuda de una aparelho chamado kafa, a lavagem das fossas nasais com
água salgada em concentração de soro fisiológico e à temperatura do corpo. Os
exercícios alternam respirações, movimentos ritmados e relaxamento em pé. A
originalidade do método reside na percepção (em estado de consciência
profunda) das sensações que se produzem depois
dos exercícios, e não dos exercícios propriamente ditos. Pensa se
que, do ponto de vista fisiológico, estas técnicas respiratórias provocam uma
ventilação, e portanto um aumento de oxigenação das células cerebrais; elas
agem também sobre o plexo solar e as funções neuro vegetativas, integram
a sensorialidade de todo o corpo ao nível da consciência e desenvolvem as
capacidades desta (8). Em seguida realiza se a concentração em um objeto natural; depois, a meditação propriamente dita.
b. Segundo
estágio: Relaxamento dinâmico contemplativo (R.D. II)
Com a ajuda do terpnos
logos, o sofrólogo chama a atenção dos alunos para a sensação de
verticalidade ou "percepção sofrônica do equilíbrio". Depois os
alunos praticam, sentados em postura correta, movimentos sincronizados com
respirações. Durante os exercícios, o sofrólogo sugere a percepção da
gravitação, depois a expansão da consciência ( “O corpo é limitado, a consciência é ilimitada" (9)),
enfim, uma contemplação da corporalidade, como se o espírito pudesse
exteriorizar se e "ver" o corpo do exterior, não como em um
espelho, mas como os outros o vêem (cf. imagem cinema ou "espelho
objetivo"). Na segunda parte deste estágio, depois da conscientização dos
cinco sentidos, associa se a respiração a um pensamento de paz "para
nós mesmos, para os seres queridos, para todos os seres". A programação do
autor nos dá a impressão de redescobrir como talvez os primeiros homens (e a
criança), por intermédio das sensações, sentiram despertar neles a linguagem, o
pensamento, depois o desejo de ficar de pé e de agir.
c. Terceiro estágio:
Relaxamento dinâmico reflexivo (R.D. III)
Evita se qualquer aspecto sagrado, ritual. É uma
meditação total, que Caycedo afirma ser "o cume da sofrologia toda".
0 praticante fica com os olhos entreabertos, sentado em uma cadeira. Não há
mais diferença entre o corpo e o espírito; aprende se a meditar com o corpo (e não mais sobre o corpo),
com a coluna vertebral ereta, desencostada do espaldar da cadeira. A
inspiração é profunda, a expiração muito lenta. Fica se concentrado na postura, vê se sem ver, ouve se
sem ouvir, pensa se sem pensar. Fica se em silêncio. Às vezes o
sofrólogo diz uma frase que valoriza a energia interior. Pratica se em
seguida um andar especial que é uma contrapostura, "a essência do
andar". Em uma segunda parte, os silêncios são mais longos. Introduzem se
frases evocando um reencontro simbiótico com a natureza, ou perguntas: "0
que é a energia?". “0 que é a vida?”, ou então frases estranhas, das quais
os mestres Zen guardam o segredo (Koans) (10).
Este método é muito poderoso. Ele dá resultados em
certas neuroses graves (fobias, por exemplo). Dizia o Dr. Durix no Segundo
Congresso Mundial de Sofrologia: "Zazen (ou R.D. III) é a chave da
felicidade!”.
0 método todo é de aprendizagem rápida (quatro a seis
semanas para cada estágio, em sessões semanais de 1 hora em média).
Originalmente destinado à formação de sofrólogos, é praticado sobretudo nos Centros de sofrologia.
0 R.D.C. desenvolve a personalidade de indivíduos
saudáveis, prepara os atletas (11), é um meio de prevenir doenças
psicossomáticas. Vem paulatinamente superando ou complementando outros métodos
de preparação para o parto (R.D. III), de psiquiatria, contra obesidade,
insônia (posição correta para dormir e R.D. II), distúrbios sexuais. Parece dar
bons resultados contra rinites, sinusites, bronquites, asma. Também já foi
proposto para a prevenção de distúrbios dos prisioneiros (12).
5. 0 QUE É 0 TREINAMENTO SOFROLÕGICO COLETIVO?
É uma técnica simples e perfeitamente programada
segundo os métodos modernos de aprendizagem. Visa à salvaguarda dos
"valores humanistas" em face da crise da civilização contemporânea
(13). Método para grandes grupos, seu objetivo não é o de nos fazer suportar o
que não é suportável na sociedade, mas permitir nos encontrar uma saída
sem que nos tornemos doentes.
A capacidade de integração do corpo e da respiração
são elementos fundamentais do bem estar.
6. INDICAÇOES
Em cardiologia, Rager
mostra o poder do método no combate "às neuroses de angústia pós infarto"(14),
à hipertensão, no pré e pós operatório, etc.(15). No combate à
insuficiência respiratória, Courchet obtém resultados com uma adaptação do
R.D.C.: a respiração dinâmica
relaxante"(16).
A nível genital, desaparecem os distúrbios ligados à
tensão psicológica: ausência de regras (17), distúrbios menstruais (18), pré menstruais
e da menopausa, esterilidade, vaginismo, dores lombares e pélvicas, ejaculação
precoce, impotência, frigidez (Rager). Destacamos a preparação para o parto
(19) ou para a Maternidade Responsável (Dr. Boon) como um dos grandes sucessos
do método (20).
É recomendado em
cirurgia, reumatologia, dermatologia (verrugas, eczema, urticária crônica),
gastroenterologia (úlcera estomacal, retocolite hemorrágica) (Rager), em
neuropsiquiatria, em casos de enxaquecas, insônia, tabagismo, drogas ...
Em pediatria obtêm se resultados positivos
contra distúrbios diversos: onicofagia, enurese, medo do escuro e da solidão,
sonambulismo, gagueira (21) :
1. através de métodos de sugestão, como por exemplo:
utilizando um gravador especial (studimatic), que contém um mecanismo de
relojoaria que o faz emitir sugestões três vezes durante a noite: Teruel y Sra
(22) menciona bons resultados em distúrbios de comportamento, distúrbios psicomotores,
enurese, encoprese;
2. mais recentemente, por uma adaptação do R.D.C.,
depois de algumas sessões de sofronização ativada pelo Treinamento Autógeno
(23). Formamse grupos de jovens doentes e não doentes, crianças e
adolescentes, sem que seja necessário focalizar sua atenção sobre o sintoma
(24).
0 R.D.C. essa escola de ação positiva, de
atenção, de conscientização do corpo em relação com o mundo que nos cerca,
esse controle das emoções e de conseqüente autoconfiança é uma
maravilhosa higiene mental para as crianças (e para seus pais).
No início, os cirurgiões dentistas praticavam a
sofronização com objetivo analgésico, conseguindo bons resultados clínicos
(25). Atualmente utilizam se também métodos não verbais (26). A
título pedagógico, para ensinar a higiene bucal e sobretudo para prevenir e
tratar certos tiques (27),foram propostas experiências interessantes baseadas
no R.D.C.
Os Centros de Sofrologia Médica e os Centros de
Queleologia (psicólogos) desempenham um papel importante na correta difusão do
método e na informação aos doentes e não doentes.
Corporalizando a consciência por intermédio de nossas
sensações, dando primazia à experiência vivida (vivência), proporciona se
ao adulto (que freqüentemente nada mais esperava) uma segunda maturidade (28).
0 indivíduo torna se disponível. A suprema ambição da sofrologia é pôr se
a serviço da vontade do homem" para que ele próprio prepare seu futuro.
Utilizado corretamente, é um método muito suave e permissivo,
praticamente sem contra indicações.
NOTAS
1.A. CAYCEDO, Progrès en sophrologie, in Introduction,
pp. 24 26, 32, Emegé, 1969.
2.J. ANANDON, La Relajación Colectiva del Dr Caycedo.
Introducción a Ia Sofrología Sociológica, Andes, 1977.
3.A. CAYCEDO, Cours.
4.A. CAYCEDO, Dictionnaire abrégé de Sophrologie et de
Relaxation Dynamique. Emegé, 1972, pp. 21 22.
5.H. BOON, Y. DAVROU, J. C.
MAQUET, “Les bases de Ia sophrologie”, in La
Sophrologie, une révolution, Retz, 1976, p. 87.
6. Tom de voz especial, grave, rico em harmônicos altos, lento, seguro, sereno, com entonação homogênea.
7. A. CAYCEDO, "Description schématique de
1'entrainement autogène de Schultz", in Progrès en Sophrologie,
Emegé, 1969, p. 124.
8. H. BOON, Y. DAVROU, J. C. MAQUET, "Les
méthodes actives", op. cit., in La sophrologie, 1976, p.. 152.
9. A. CAYCEDO, "Anandamayee Ma, yoguini, Reina
espiritual de los Hindúes", Lao
Indiao de los yoguis, Emegé,
1971.
10. C. DURIX, "Kôan, énigme à résoudre", in Cent clés pour comprendre le Zen, Courrier
du livre, 1976, p. 313.
11. R. ABREZOL, "Application de Ia sophrologie aux sports", in
Sophrologie dans notre civilisation, Inter
Marketing Group, 1973, p. 276.
12. A. CAYCEDO, Comunicação no 2.° Congresso
Mundial de Sofrologia, out. 1975.
13. A. CAYCEDO, op. cit., Congrès de Madrid de Sophrologie, out. 1977.
14. G.R. RAGER, "Tratamiento de Ias neurosis de angustia post
infarcto mediante el entrenamiento autógeno de Schultz, bajo sofronizacion ",
in Sofrología Médica, op. cit., t. 1,
pp. 261 e s.
15. G.R. RAGER, "Les maladies cardio vasculaires", in Hypnose, Sophrologie en médecine, Fayard, 1973, pp. 346 e s.
16. J. COURCHET, La Respiration Dynamique Relaxante (R..D.R..), Maloine, 1974; cf. o
Cap. XV da presente obra.
17.J.F. AUDIT, "Sophrothérapie et sophropédagogie
des troubles menstruels et de 1'obésité", in Annales de Sophrologie n.° 2, dez. 1973, p. 40.
18.CABALLER SANCHIS, "La experiencia de Ano y médio
al frente del Departamento de Sofrología Ginecológica del Hospital Central de
Ia Cruz Roja", in Sof. Med., op.
cit., pp. 133 e s.
19.AGUIRRE DE CARCER, Preparación al parto, Elsa, 1973.
20.GERMAN, Comunicação in Cours de base de Sophrologie, Toulouse,
1977.
21.A. BARRETO,
"Sugestiones nocturnas para corrigir las malas costumbres de los niños, in
Sof. Med., op. cit, t. 111, pp. 81 e
s. (este artigo reflete o projeto educativo muito "clássico" do
autor).
22.TERUEL y Sra,
"Técnica de refuerzo sofrónico durante el sueño en pediatria". in Sof. Med., op. cit., pp. 145 158.
23.J.ALEXIS, Indications de
la Sophrologie chez 1'enfant en clientèle pédiatrique privée", comunicação
no Congresso de Bruxelas, in Annales, n°
4, junho 1974, p. 14.
24. ESPINOZA, Pediatria
Sofrológica (primeiro prêmio e medalha de ouro no 14.° Congresso Mundial de
Pediatria), Agraf, 1977.
25. Cf.,
por exemplo, Elizondo CORONEL, Odontologia
en medecina.
26. Cf. o
método sonoro de FEIJOO, in Annales de
S., n° 1, p. 48.
27. L. FIAMMENGO, "Les tiqueurs oraux archaiques",
Comunicação no Congresso de Madri, out. 1977.
28. J. CREFF, Comunicação de neurofisiologia: "Rendre Ia
conscience objective", Congresso de Madri, 1977.
29. É de se lamentar, entretanto, que Caycedo queira desempenhar o papel de "Guia de crença". Sua declaração de Recife é uma espécie de profissão de fé, a ser respeitada enquanto posição pessoal, mas, muito criticável na medida em que pretende fazer dela uma "dogmática sofrológica!" sobre assuntos metafísicos e quase teológicos.