A SOFROLOGIA

(CAPITULO V)

Dr Bernard Auriol

 

 



Se a sofrologia fosse definida como "ciência dos estados de consciência e dos métodos que permitem a modificação desses estados", poderíamos dizer que esta obra é inteiramente consagrada a ela. Mas será que a sofro­logia é somente isso?

Em 1960, desejando afastar se um pouco da hipnose (que pratica perfeitamente mas que lhe parece uma agressão à liberdade do homem), Alfonso Caycedo, fundador do método, propôs esta palavra carregada de um sentido novo: Sofrologia; do grego, "sós" (harmonia), "phren" (espí­rito), "logos" (estudo):estudo da consciência em harmonia (1). A consciência, para Caycedo, é a integração de todas as funções do homem. Inicialmente, a sofrologia adotou exercícios da hipnose e das técnicas ocidentais de rela­xamento ( em particular do Treinamento Autógeno de Schultz e do método de Jacobson), mas logo se tornou original.

0 primeiro ramo nascido da sofrologia, a sofrologia médica, propõe processos de terapêutica e de prevenção de doenças. A doença é encarada como um acidente no programa biológico subjacente às estruturas do homem. Portanto, o doente ou o aluno conseguirá, graças a um método de treinamento da personalidade, despertar suas estruturas e suas forças positivas: ele próprio encontrará as soluções de seus problemas.

Alguns anos mais tarde, Caycedo elabora uma técnica de sofronização para pequenos grupos, utilizando certos recursos dinâmicos das técnicas orientais: o relaxamento dinâmico.

Por fim, em 1974, em Paris, com o treinamento sofrológico coletivo, Caycedo realiza seu sonho de ação social. 0 novo método destina se ao indivíduo são, dentro da massa humana. Esse terceiro caminho  sem distinção de país, raça, política ou religião  estuda as forças que cons­tituem a harmonia social (pois também os grupos humanos podem estar "doentes").

 

1. 0 QUE NÃO É A SOFROLOGIA

 

Ela não 6:

 

 a hipnose com um outro nome. Atualmente a hipnose é um capítulo da sofrologia. A sofrologia tem suas próprias técnicas, sua própria semân­tica, seus próprios conceitos e objetivos;

 um método oriental de liberação: esses métodos freqüentemente exigem um engajamento filosófico e/ou religioso;

 parapsicologia, ciência dos fenômenos paranormais; mais antiga que a sofrologia, tem objetivos diferentes dos dela (3).

 

2. 0 QUE É SOFROLOGIA

 

A sofrologia estuda a consciência humana a partir de novas concep­ções. Ela estabelece uma diferença entre os conceitos de níveis e de estados de consciência: os níveis são modificações quantitativas no sentido de hiper­claridade ou obscuridade; os estados são modificações qualitativas (cf. esquema). Nesta perspectiva o ser humano situa se, seja em um estado de consciência comum, que se pretende "normal", seja provisória ou defi­nitivamente em um estado de consciência patológica (da neurose à psicose, sem esquecer todas as possibilidades psiquiátricas conhecidas); ou ainda ele reforça os elementos positivos de sua personalidade e evolui progressi­vamente para a consciência sofrônica ( 4 ).

A sofronização é o exercício básico do método. Mas, como modificar os estados de consciência? Aqui o Oriente nos empresta sua sabedoria (Schultz já a havia utilizado): viver o corpo, pelo despertar das sensações, pelo controle do tônus muscular, eqüivale a equilibrar a função reticular e a encontrar o caminho da harmonia, e, depois, da verdade interior.

Inicialmente, o sofrólogo estabelece uma "aliança" com seu aluno: explicação do método, tempo previsto, preço (5). A sofronização começa por um relaxamento simples, que visa a modificar o tônus muscular e os níveis de consciência, abandonando o indivíduo sua vigilância normal para descer "às margens do sono" no nível sofroliminar. A fala suave e persuasiva do monitor, o terpnos logos (6) ajuda o, a descobrir o estado "de harmonia vital" do mundo sofrônico. Em seguida focaliza se a atenção em uma "imagem livre e agradável”, antes de terminar por uma "saída" muito lenta.

Em menos de dez sessões, o aluno poderá sofronizar se a si mesmo. Ele pratica cada técnica em casa durante uma semana, duas vezes por dia, 10 minutos pela manhã e à noite. A aprendizagem é rápida, devido:

1. a uma programação rigorosa, embora personalizada, dos métodos;

2. à sua gravação em fita.

 

3. METODOS

 

A partir da segunda semana, o sofrólogo ensina ao aluno um ou vários procedimentos adaptados às diversas situações que se apresentam:

 

1. a situação positiva obtida pode ser reforçada pela tomada de consciência do peso (proveniente do relaxamento muscular), das sensações circulatórias (calor, batimentos cardíacos), da respiração "livre e suave", do calor no abdômen, do frescor da testa. São exercícios tomados de Schultz, muito utilizados e de uma eficácia surpreendente para toda urna variedade de problemas de mal estar, de distúrbios psicossomáticos e neuróticos (7);

 

2. se necessário, propõe se em seguida o treinamento em um outro método, como:

 a sofro aceitação progressiva (imagem do futuro). Ela permite des­condicionar se dos elementos negativos da existência: medo do parto (Aguirre de Carcer), preparação dos esportistas para a competição, dos estudantes para seus exames, etc.;

 a proteção sofroliminar (respiração consciente sincronizada com concentração em uma palavra que evoque tranqüilidade); associada a uma posição correta, permite adormecer rapidamente;

 a sofro substituição sensorial (trocar uma sensação por outra), muito conhecida em odontologia para eliminar a dor, assim como em obs­tetrícia, nas fobias etc.;

 

3. outras aprendizagens podem ser propostas: sofronizações associa­das a tensões musculares, a respirações, a massagens ... alguns métodos utilizados por psiquiatras e psicólogos possibilitam a recordação de fatos longínquos, primeiro livremente, e depois de forma sistemática e positiva. A sofrologia redescobre  depois do Oriente  o papel da imagem por si mesma. 0 imaginário será liberado em devaneios associativos. A vida passada, os sonhos, as situações futuras integradas na vida atual da cons­ciência, mobilizam uma riqueza insuspeitada. A pessoa treinada torna se mais livre e criativa. No final ela estará praticando um método pessoal, gravado ou não.

Muito freqüentemente, depois da sofronização simples e da sofroniza­ção ativada pelo Treinamento Autógeno, propõe se que o aluno pratique o relaxamento dinâmico em pequenos grupos.

 

4. 0 QUE É RELAXAMENTO DINÃMICO DE CAYCEDO (R.D.C.)?

 

É uma técnica psicofísica que Caycedo começou a aperfeiçoar depois de uma longa viagem à índia, concluindo a dois anos mais tarde, após uma viagem ao Japão. Ela se divide em três estágios. 0 primeiro realiza uma abordagem sofrônica de técnicas pouco conhecidas da Raja ioga; o segundo estágio é uma abordagem sofrônica de algumas técnicas respira­tórias budistas; o terceiro, uma abordagem sofrônica do Zen japonês.

 

a. Primeiro estágio: Relaxamento dinâmico concentrativo (R.D. I)

 

Realiza se, com a ajuda de una aparelho chamado kafa, a lavagem das fossas nasais com água salgada em concentração de soro fisiológico e à temperatura do corpo. Os exercícios alternam respirações, movimentos ritmados e relaxamento em pé. A originalidade do método reside na per­cepção (em estado de consciência profunda) das sensações que se produzem depois dos exercícios, e não dos exercícios propriamente ditos. Pensa se que, do ponto de vista fisiológico, estas técnicas respiratórias provocam uma ventilação, e portanto um aumento de oxigenação das células cerebrais; elas agem também sobre o plexo solar e as funções neuro vegetativas, inte­gram a sensorialidade de todo o corpo ao nível da consciência e desenvolvem as capacidades desta (8). Em seguida realiza se a concentração em um objeto natural; depois, a meditação propriamente dita.

 

b. Segundo estágio: Relaxamento dinâmico contemplativo (R.D. II)

 

Com a ajuda do terpnos logos, o sofrólogo chama a atenção dos alunos para a sensação de verticalidade ou "percepção sofrônica do equilíbrio". Depois os alunos praticam, sentados em postura correta, movimentos sincro­nizados com respirações. Durante os exercícios, o sofrólogo sugere a per­cepção da gravitação, depois a expansão da consciência ( “O corpo é limi­tado, a consciência é ilimitada" (9)), enfim, uma contemplação da corporali­dade, como se o espírito pudesse exteriorizar se e "ver" o corpo do exterior, não como em um espelho, mas como os outros o vêem (cf. imagem cinema ou "espelho objetivo"). Na segunda parte deste estágio, depois da cons­cientização dos cinco sentidos, associa se a respiração a um pensamento de paz "para nós mesmos, para os seres queridos, para todos os seres". A programação do autor nos dá a impressão de redescobrir como talvez os primeiros homens (e a criança), por intermédio das sensações, sentiram despertar neles a linguagem, o pensamento, depois o desejo de ficar de pé e de agir.

 

c. Terceiro estágio: Relaxamento dinâmico reflexivo (R.D. III)

 

Evita se qualquer aspecto sagrado, ritual. É uma meditação total, que Caycedo afirma ser "o cume da sofrologia toda". 0 praticante fica com os olhos entreabertos, sentado em uma cadeira. Não há mais diferença entre o corpo e o espírito; aprende se a meditar com o corpo (e não mais sobre o corpo), com a coluna vertebral ereta, desencostada do espaldar da ca­deira. A inspiração é profunda, a expiração muito lenta. Fica se concen­trado na postura, vê se sem ver, ouve se sem ouvir, pensa se sem pensar. Fica se em silêncio. Às vezes o sofrólogo diz uma frase que valoriza a energia interior. Pratica se em seguida um andar especial que é uma contrapostura, "a essência do andar". Em uma segunda parte, os silêncios são mais longos. Introduzem se frases evocando um reencontro simbiótico com a natureza, ou perguntas: "0 que é a energia?". “0 que é a vida?”, ou então frases estranhas, das quais os mestres Zen guardam o segredo (Koans) (10).

Este método é muito poderoso. Ele dá resultados em certas neuroses graves (fobias, por exemplo). Dizia o Dr. Durix no Segundo Congresso Mundial de Sofrologia: "Zazen (ou R.D. III) é a chave da felicidade!”.

0 método todo é de aprendizagem rápida (quatro a seis semanas para cada estágio, em sessões semanais de 1 hora em média). Originalmente destinado à formação de sofrólogos, é praticado sobretudo nos Centros de sofrologia.

0 R.D.C. desenvolve a personalidade de indivíduos saudáveis, prepara os atletas (11), é um meio de prevenir doenças psicossomáticas. Vem paulati­namente superando ou complementando outros métodos de preparação para o parto (R.D. III), de psiquiatria, contra obesidade, insônia (posição correta para dormir e R.D. II), distúrbios sexuais. Parece dar bons resul­tados contra rinites, sinusites, bronquites, asma. Também já foi proposto para a prevenção de distúrbios dos prisioneiros (12).

 

5. 0 QUE É 0 TREINAMENTO SOFROLÕGICO COLETIVO?

 

É uma técnica simples e perfeitamente programada segundo os mé­todos modernos de aprendizagem. Visa à salvaguarda dos "valores huma­nistas" em face da crise da civilização contemporânea (13). Método para grandes grupos, seu objetivo não é o de nos fazer suportar o que não é suportável na sociedade, mas permitir nos encontrar uma saída sem que nos tornemos doentes.

A capacidade de integração do corpo e da respiração são elementos fundamentais do bem estar.

 

6. INDICAÇOES

 

Em cardiologia, Rager mostra o poder do método no combate "às neuroses de angústia pós infarto"(14), à hipertensão, no pré e pós operatório, etc.(15). No combate à insuficiência respiratória, Courchet obtém resultados com uma adaptação do R.D.C.: a respiração dinâmica relaxante"(16).

A nível genital, desaparecem os distúrbios ligados à tensão psicológica: ausência de regras (17), distúrbios menstruais (18), pré menstruais e da meno­pausa, esterilidade, vaginismo, dores lombares e pélvicas, ejaculação pre­coce, impotência, frigidez (Rager). Destacamos a preparação para o parto (19) ou para a Maternidade Responsável (Dr. Boon) como um dos grandes sucessos do método (20).

É recomendado em cirurgia, reumatologia, dermatologia (verrugas, eczema, urticária crônica), gastroenterologia (úlcera estomacal, retocolite hemorrágica) (Rager), em neuropsiquiatria, em casos de enxaquecas, insô­nia, tabagismo, drogas ...

Em pediatria obtêm se resultados positivos contra distúrbios diversos: onicofagia, enurese, medo do escuro e da solidão, sonambulismo, gagueira (21) :

1. através de métodos de sugestão, como por exemplo: utilizando um gravador especial (studimatic), que contém um mecanismo de relojoaria que o faz emitir sugestões três vezes durante a noite: Teruel y Sra (22) men­ciona bons resultados em distúrbios de comportamento, distúrbios psico­motores, enurese, encoprese;

2. mais recentemente, por uma adaptação do R.D.C., depois de algu­mas sessões de sofronização ativada pelo Treinamento Autógeno (23). Formam­se grupos de jovens doentes e não doentes, crianças e adolescentes, sem que seja necessário focalizar sua atenção sobre o sintoma (24).

0 R.D.C.  essa escola de ação positiva, de atenção, de conscien­tização do corpo em relação com o mundo que nos cerca, esse controle das emoções e de conseqüente autoconfiança  é uma maravilhosa higiene mental para as crianças (e para seus pais).

No início, os cirurgiões dentistas praticavam a sofronização com ob­jetivo analgésico, conseguindo bons resultados clínicos (25). Atualmente uti­lizam se também métodos não verbais (26). A título pedagógico, para ensinar a higiene bucal e sobretudo para prevenir e tratar certos tiques (27),foram propostas experiências interessantes baseadas no R.D.C.

Os Centros de Sofrologia Médica e os Centros de Queleologia (psicó­logos) desempenham um papel importante na correta difusão do método e na informação aos doentes e não doentes.

Corporalizando a consciência por intermédio de nossas sensações, dando primazia à experiência vivida (vivência), proporciona se ao adulto (que freqüentemente nada mais esperava) uma segunda maturidade (28). 0 indi­víduo torna se disponível. A suprema ambição da sofrologia é pôr se a serviço da vontade do homem" para que ele próprio prepare seu futuro.

Utilizado corretamente, é um método muito suave e permissivo, prati­camente sem contra indicações.

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Psychosonique Yogathérapie Psychanalyse & Psychothérapie Dynamique des groupes Eléments Personnels

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17 Septembre 2002

 

NOTAS

 

1.A. CAYCEDO, Progrès en sophrologie, in Introduction, pp. 24 26, 32, Emegé, 1969.

2.J. ANANDON, La Relajación Colectiva del Dr Caycedo. Introducción a Ia Sofro­logía Sociológica, Andes, 1977.

3.A. CAYCEDO, Cours.

4.A. CAYCEDO, Dictionnaire abrégé de Sophrologie et de Relaxation Dynamique. Emegé, 1972, pp. 21 22.

5.H. BOON, Y. DAVROU, J. C. MAQUET, “Les bases de Ia sophrologie”, in La Sophrologie, une révolution, Retz, 1976, p. 87.

6. Tom de voz especial, grave, rico em harmônicos altos, lento, seguro, sereno, com entonação homogênea.

7. A. CAYCEDO, "Description schématique de 1'entrainement autogène de Schultz", in Progrès en Sophrologie, Emegé, 1969, p. 124.

8. H. BOON, Y. DAVROU, J. C. MAQUET, "Les méthodes actives", op. cit., in La sophrologie, 1976, p.. 152.

9. A. CAYCEDO, "Anandamayee Ma, yoguini, Reina espiritual de los Hindúes", Lao Indiao de los yoguis, Emegé, 1971.

10. C. DURIX, "Kôan, énigme à résoudre", in Cent clés pour comprendre le Zen, Courrier du livre, 1976, p. 313.

11. R. ABREZOL, "Application de Ia sophrologie aux sports", in Sophrologie dans notre civilisation, Inter Marketing Group, 1973, p. 276.

12. A. CAYCEDO, Comunicação no 2.° Congresso Mundial de Sofrologia, out. 1975.

13. A. CAYCEDO, op. cit., Congrès de Madrid de Sophrologie, out. 1977.

14. G.R. RAGER, "Tratamiento de Ias neurosis de angustia post infarcto mediante el entrenamiento autógeno de Schultz, bajo sofronizacion ", in Sofrología Médica, op. cit., t. 1, pp. 261 e s.

15. G.R. RAGER, "Les maladies cardio vasculaires", in Hypnose, Sophrologie en médecine, Fayard, 1973, pp. 346 e s.

16. J. COURCHET, La Respiration Dynamique Relaxante (R..D.R..), Maloine, 1974; cf. o Cap. XV da presente obra.

17.J.F. AUDIT, "Sophrothérapie et sophropédagogie des troubles menstruels et de 1'obésité", in Annales de Sophrologie n.° 2, dez. 1973, p. 40.

18.CABALLER SANCHIS, "La experiencia de Ano y médio al frente del De­partamento de Sofrología Ginecológica del Hospital Central de Ia Cruz Roja", in Sof. Med., op. cit., pp. 133 e s.

19.AGUIRRE DE CARCER, Preparación al parto, Elsa, 1973.

20.GERMAN, Comunicação in Cours de base de Sophrologie, Toulouse, 1977.

21.A. BARRETO, "Sugestiones nocturnas para corrigir las malas costumbres de los niños, in Sof. Med., op. cit, t. 111, pp. 81 e s. (este artigo reflete o projeto educativo muito "clássico" do autor).

22.TERUEL y Sra, "Técnica de refuerzo sofrónico durante el sueño en pediatria". in Sof. Med., op. cit., pp. 145 158.

23.J.ALEXIS, Indications de la Sophrologie chez 1'enfant en clientèle pédiatrique privée", comunicação no Congresso de Bruxelas, in Annales, n° 4, junho 1974, p. 14.

24.  ESPINOZA, Pediatria Sofrológica (primeiro prêmio e medalha de ouro no 14.° Congresso Mundial de Pediatria), Agraf, 1977.

25.  Cf., por exemplo, Elizondo CORONEL, Odontologia en medecina.

26.  Cf. o método sonoro de FEIJOO, in Annales de S., n° 1, p. 48.

27.  L. FIAMMENGO, "Les tiqueurs oraux archaiques", Comunicação no Congresso de Madri, out. 1977.

28.  J. CREFF, Comunicação de neurofisiologia: "Rendre Ia conscience objective", Congresso de Madri, 1977.

29.  É de se lamentar, entretanto, que Caycedo queira desempenhar o papel de "Guia de crença". Sua declaração de Recife é uma espécie de profissão de fé, a ser respeitada enquanto posição pessoal, mas, muito criticável na medida em que pretende fazer dela uma "dogmática sofrológica!" sobre assuntos metafísicos e quase teológicos.